Falar palavrão é muito bom não é? Mas aqui entre nós, por
qual motivo?? Para a pesquisadora Rebecca Roache, da Universidade de Londres, a
sensação de liberdade está relacionada com o tabu que envolve os palavrões.
Ela cita como um exemplo a palavra “merda”, que apesar de
ser um sinônimo para cocô, merda é considerado um palavrão. Porque se em vez de
merda uma pessoa gritasse “cocô”, a situação seria engraçada e não teria o
efeito que nos sempre desejamos.
Rebecca acredita que isso tem a ver tanto com o tabu em
torno do palavrão quanto a raiva embutida na hora de invoca-lo. “O filósofo
Joel Feinberg observou que os palavrões ‘adquirem um forte senso expressivo que
é quase uma tensão entre tabus poderosos e nossa propensão a desobedecer’”,
escreve a pesquisadora em um artigo para a Aeon. “E de fato, em diversas
culturas nós tendemos a impedir, censurar e punir quem fala palavrões. A
prática pode fazer com que as pessoas percam seus trabalhos ou até mesmo sejam
presas. O tabu contra os palavrões é bem sério.”
O psicólogo Timothy Jay, afirma que o poder dos palavrões
vêm da quebra das normas sociais e que estamos condicionados a relacioná-los
com tabu. Por isso quando somos crianças falar palavrão parece ser tão
satisfatório e transgressor. A sensação vai diminuindo conforme as pessoas vão
amadurecendo, mas quanto menor for a frequência com a qual alguém utiliza
palavrões, mais gostosa é a sesação que sentirá quando finalmente falar um,
então use com moderação.
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